segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Desmascarando o Espiritismo (Parte 06)

VII. PODEM OS MORTOS AJUDAR OS VIVOS?
Para saber se os mortos podem ou não ajudar os vivos, leia a história do rico e Lázaro, contada por Jesus no Evangelho de Lucas 16.19-31. Precisamente, os versículos 22 e 23 dizem: "E aconte­ceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado. E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio".

7.1. Um Quadro Contrastante
Veja que contraste: Lázaro morre e é levado ao Paraíso de Deus, enquanto o rico, ao morrer, é lançado no inferno de horror, de onde, em agonia, clama: "Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama" (v. 24).
Naquele instante de extrema dor e sofrimento, um pequenino favor de Lázaro seria suficiente para amenizar o sofrimento da­quele infeliz; porém, o pai Abraão respondeu: "... Filho, lembra-te de que recebestes os teus bens em tua vida, e Lázaro, somente males; e, agora, este é consolado, e tu, atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá" (vv. 25,26).

7.2. Algumas Conclusões Desta Passagem
Feita uma análise desta passagem, as conclusões a que chega­mos são:
a. A vida no porvir será uma conseqüência natural da vida que se viveu aqui na Terra: Lázaro, que era piedoso e temente a Deus aqui, ao morrer foi levado para o Paraíso, enquanto o homem rico, vaidoso e indiferente às necessidades dos outros, morreu e foi le­vado para o inferno de trevas e sofrimento.
b. O lugar onde serão lançados os perdidos será um lugar de sofrimento eterno, e não um lugar de purificação e aperfeiçoa­mento dos espíritos.
c. Se ao homem aqui, vivendo ímpia e perversamente, abre-se-lhe uma porta de escape após a morte, como admite o espiritis­mo, o Evangelho de Cristo deixa de ser o que é, ao passo que o sacrifício de Cristo torna-se a coisa mais absurda sobre a qual já se teve notícia.
d. Se um falecido pudesse, de alguma forma ajudar os seus entes queridos vivos, o rico não teria rogado a Abraão que envias-
se Lázaro ou um dos mortos à casa dos seus irmãos, a fim de ad­verti-los do perigo de cair no inferno; ele mesmo teria feito isto.
e. Se fosse possível que o espírito de um falecido pudesse aju­dar os vivos, Deus teria permitido que Lázaro, um dos mortos, ou o próprio homem rico exercesse influência junto aos parentes deste.
f. Tudo quanto o homem precisa conhecer concernente à sal­vação e à vida eterna acha-se exarado nos escritos de Moisés, dos profetas, dos evangelistas e dos apóstolos do nosso Senhor Jesus Cristo.
Toda a revelação divina escrita encerra-se nas seguintes pala­vras de Jesus Cristo: "Eu testifico a todo aquele que ouvir as pala­vras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste li­vro; e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da Cidade Santa, que estão descritas neste livro" (Ap 22.18,19).
Assim, os chamados "bons ensinamentos" dos espíritos dos mortos, defendidos pelo espiritismo, nada mais são do que ensinamentos de demônios, pois apresentam-se como nova fonte de revelação, em detrimento da verdadeira revelação de Deus — a Bíblia Sagrada.

DE OLIVEIRA, Raimundo. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

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