quarta-feira, 29 de julho de 2009

Desmascarando a Maçonaria (Parte 03)

III. MAÇONARIA E RELIGIÃO

Muito se tem perguntado: Será a Maçonaria simplesmente uma associação beneficente formada por homens de bem, ou é ela mais uma religião disfarçada?

3.1. A Maçonaria é Religião

Que a Maçonaria é religião, dão provas os seus escritores e grandes mestres. Atente para as seguintes asseverações:

• "A Maçonaria não é, pois, uma simples instituição filantró­pica e social: é uma ciência, uma filosofia, um sistema moral, uma religião" (Estudos Sobre a Maçonaria Americana, p. 25, A. Preuss).

• "Filha da ciência e mãe da caridade, fossem todas as institui­ções como tu, ó Santa Maçonaria, e os povos viveriam numa idade de ouro. Satanás não teria mais o que fazer na Terra e Deus teria em cada homem um eleito" (A Maçonaria do Centenário 1822-1922, Antônio Giusti, p. 33).

• "A reunião de uma Loja Maçônica é estritamente religiosa. Os dogmas religiosos da Maçonaria são poucos, simples, porém funda­mentais. Nenhuma Loja pode ser regularmente aberta ou encerrada sem oração" (The FreemasonsMonitor, I.S. Weed, p. 284).

• "A Maçonaria é a religião universal porque abrange todas as religiões e o será enquanto assim fizer. E por esta razão, unica­mente por ela, que é universal e eterna" (Antiga Maçonaria Místi­ca Oriental, p. 67).

3-2. Maçonaria e Salvação

O escritor maçom L.U. Santos, na sua obra intitulada Litera­tura Maçônica Contemporânea, edição de 1948, página 32, escreveu: "Somente a Maçonaria é capaz de redimir a humanidade, meus irmãos".

A salvação maçônica fundamenta-se na prática das boas obras que o homem possa praticar. Por isso a Maçonaria estimula os seus adeptos a progredir até atingirem um padrão moral tal que, ao morrerem, estejam em condição de habitar na glória.

DE OLIVEIRA, Raimundo. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Desmascarando a Maçonaria (Parte 02)

II. INICIAÇÃO MAÇÔNICA

Não é maçom quem quer e sim quem pode ser.

"O maçom é obrigado por seu caráter a obedecer à lei moral e, se devidamente compreende a Arte, não será jamais um estúpido ateu nem um libertino religioso. Embora nos tempos antigos os maçons fossem obrigados a pertencer à religião dominante no seu país, qualquer que fosse ela, considera-se hoje muito mais conve­niente obrigá-los a professar apenas a religião que todo homem aceita, deixando cada um livre em suas opiniões individuais, isto é, devem ser homens probos e retos, de honra e honradez, qual­quer que seja o credo ou denominação que os distinga." (Da Cons­tituição de 1723, feita por Anderson.)

2.1. O Candidato a Maçom
No seu livro O Que E a Maçonaria, diz A. Tenório d'Albuquerque: "A Maçonaria só deve admitir em seu seio quem é livre e de bons costumes, quem dispõe de recursos financeiros e tem qualidades morais consideráveis e um grau de instrução que lhe permita compreender, interpretar as belezas incomparáveis que a Maçonaria apresenta, os seus elevados fins humanitários e o seu simbolismo."

2.2. A Proposta de Filiação
O candidato, em linguagem maçônica denominado profano, assina uma proposta de filiação à Maçonaria. O proponente é o padrinho.

Na proposta, o profano é obrigado a declarar quanto ganha mensalmente, nome, profissão, estado civil, grau de instrução, re­sidência, procedência, etc. Haverá casos em que será exigida a apresentação de atestado de bons antecedentes fornecido pela au­toridade competente.

Recebida a proposta, três maçons são indicados, pelo Venerá-vel (Presidente) da Loja, para fazer sindicância em torno da vida do profano. Essas indicações devem ser feitas sigilosamente e sem que um saiba quais os outros indicados. Cada um recebe uma fo­lha de sindicância, já impressa, com um questionário sobre a vida do profano. A sindicância deve ser feita com o maior rigor possí­vel, investigando-se os antecedentes do candidato, os seus hábitos, se tem vícios, o conceito em que é tido na sociedade, o seu grau de instrução, se tem algum defeito físico incompatível com a Maçonaria.

É um meio de selecionar os elementos, de não permitir o in­gresso na Maçonaria de pessoas destituídas de condições impres­cindíveis.

Como se vê, não é maçom quem deseja e sim quem pode ser, isto é, quem dispõe de certa soma de requisitos morais, intelectu­ais e financeiros.

2.3. O Processo de Iniciação
Uma vez satisfeitas as exigências pelo pretendente a maçom, é marcada a cerimônia de iniciação do candidato.

O "profano" começa por ser introduzido a um lugar retirado em que deve despojar-se de todos os objetos de metal: dinheiro, decorações, armas, jóias, etc. Levam-no, em seguida, para uma sala isolada, chamada "Câmara de Reflexão". É um lugar sinistro. As paredes são completamente negras e, como decoração, apre­sentam esqueletos, cabeças de mortos e lágrimas como as que se vêem nas cortinas funerárias. Vêem-se, também, uma foice, um galo e uma ampulheta, todos de grande significado dentro da Ma­çonaria.

Na parede estão gravadas reflexões solenes, dentre as quais se destaca a seguinte: "Se perseveras, serás purificado pelos Elemen­tos; sairás do abismo das trevas e verás a Luz".

A pessoa que conduziu o neófito à sala de reflexão tira-lhe a venda dos olhos e diz: "Breve passareis para uma vida nova... Respondei por escrito às questões que vos são apresentadas e fazei o vosso testamento".

Este testamento não é a disposição de seus bens depois de sua morte, mas um testamento filosófico, no qual ele renuncia sua vida passada; é um ato pelo qual se dispõe a outras concepções, a uma vida que se harmoniza com os dados novos.

Prosseguindo a cerimônia de iniciação, o neófito é levado a despojar-se de uma parte de suas vestimentas. A perna de sua cal­ça é erguida alto do lado direito e a meia abaixada de maneira que o joelho direito esteja descoberto. O pé esquerdo está completa­mente descalço. O braço esquerdo e o peito desnudo. O profano tem novamente os olhos vendados e é conduzido para a porta da Loja que está fechada. Vai em busca da Luz.

Apresentam ao neófito um malhete, com o qual dá três rápi­das pancadas na porta. Com as pancadas a porta se abre, mas o profano é detido pelo Guarda do Templo, que só lhe permite a entrada quando o irmão que o conduz lhe faz a apresentação: "É um profano em estado de cegueira, que deseja ser indicado nos Augustos Mistérios da Maçonaria".

O candidato se aproxima da mesa do Venerável Mestre, que o convida a refletir novamente sobre a gravidade do passo que pre­tende dar, e insta para que se retire, se ainda não possui suficiente decisão; se o profano insiste em ser recebido, o Venerável Mestre ordena-lhe que se ajoelhe e pronuncia uma oração.

2.4. Os Juramentos
Dependendo do rito em que o neófito está sendo iniciado (seja o Escocês, Adoniramita, ou Francês), ele será levado a fazer jura­mentos.

2.4.1. Rito escocês
O neófito tem o joelho direito em terra, os olhos vendados, a mão esquerda sobre o coração, a direita sobre a Bíblia, a espada, o compasso e a esquadria. A um golpe de malhete todos os presen­tes ficam em pé e o neófito repete o seguinte juramento:

"Eu, E, juro e prometo, de minha livre e espontânea vontade, sem constrangimento ou coação, sob minha honra e segundo os preceitos de minha religião, em presença do Sup.: Arq.: do Univ.: que é Deus, e perante esta assembléia de MMaç.: solene e sinceramente jamais revelar os mistérios, símbolos ou alegorias que me forem explicados e que me forem confiados, senão a um Maç.: regular ou em Loj.: regularmente constituída, não podendo revelá-los a prof.: nem mesmo a MMaç.: irregulares, e de nunca os escre­ver, gravar, bordar ou imprimir, ou empregar outro qualquer meio idêntico, pelo qual possam ser conhecidos; de cumprir todos os deveres impostos pela Maçon.: com minha pessoa e bens: de res­peitar as mulheres, filhas, mães ou irmãs de Maçons; de reconhe­cer como de fato reconheço, por único chefe da Ordem, no Brasil, o Supr.: Cons.: do Gr.: Or.: brasileiro, ao qual guardarei inteira e fiel obediência, bem como aos Deleg.: e a todos os atos dele ema­nados direta ou indiretamente. Se eu faltar a este juramento, ainda mesmo com medo da morte, desde o momento em que cometa tal crime, seja declarado infame sacrílego para com Deus e desonra­do para com os homens. Amém. — Amém. — Amem".

2.4.2. Rito adoniramita
Neste rito, no momento em que o neófito vai prestar seu jura­mento, o Venerável brada: "Irmão sacrificador, apresente ao pro­fano a taça sagrada, tão fatal aos perjuros".

O neófito bebe um gole e o Venerável dita o seguinte jura­mento:
"Juro guardar o silêncio mais profundo sobre todas as provas a que for exposta minha coragem. Se eu for perjuro e trair meus deveres... consinto que a doçura desta bebida se converta em amargor e o seu efeito salutar em mortal veneno".

2.4.3. Rito francês
Neste rito o neófito profere o seguinte juramento, de joelhos, por duas vezes:
"Juro e prometo sobre os estatutos gerais da Ordem e sobre esta espada, símbolo de honra, etc, etc. Consinto, se eu vier a perjurar, que o pescoço me seja cortado, o coração e as entranhas arrancadas, o meu corpo queimado, reduzido a cinzas, e minhas cinzas lançadas ao vento, e que a minha memória fique em execração entre todos os MM.: O Gr.: Arq.: do Univ.: me ajude!"

DE OLIVEIRA, Raimundo. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Desmascarando a Maçonaria (Parte 01)

A Maçonaria é um assunto sobre o qual praticamente todas as pessoas gostariam de ler, mas sobre o qual pouquíssimas têm a coragem de escrever e comentar abertamente. Um misto de ver­dade e mitos sobre a Maçonaria tem feito surgir grande inquieta­ção entre os não-maçons. Algo como uma presença temficante permeia a alma do não-maçom que se aventura a estudar e questi­onar a Maçonaria.

Apesar de tudo isso, tomei a decisão de escrever este capítulo sobre a Maçonaria, e o fiz partindo de dois princípios: 1) Se a Maçonaria arroga a si o direito e o poder de impor medo às pesso­as, não merece o respeito dos não-maçons, e 2) se a Maçonaria busca o respeito dos não-maçons, então não tenho por que temê-la. Nada mais lógico, não acha?

Abordarei a Maçonaria estritamente do ponto de vista das Escrituras, e à luz da questão da legitimidade ou não do cristão filiar-se a essa entidade.


I. O QUE É A MAÇONARIA?

A Maçonaria é uma sociedade secreta e ritualística, incluindo em sua filosofia a auto-salvação do homem. É paga quando anali­sada à luz das Escrituras Sagradas. Ainda que não seja uma igreja como conhecemos, constitui-se num movimento religioso e sincretista.


1.1. Resumo Histórico da Maçonaria
Alguns historiadores afirmam provir a Maçonaria dos antigos mistérios pagãos religiosos do velho Egito e da antiga Grécia. Outros admitem que ela tenha se originado por ocasião da cons­trução do templo de Jerusalém, no reinado de Salomão, rei dos israelitas (1082-975 a.C), e apontam como fundador, Hiram Abif, suposta arquiteto do citado templo.

A maioria dos escritores maçons, porém, é de opinião que a Maçonaria deve sua origem e existência a uma confraria de pe­dreiros, criada por Numa, em 715 a.C, que viajava pela Europa e mais tarde construiu basílicas. Com o passar dos tempos, porém, essa sociedade perdeu o seu caráter primitivo e muitas pessoas estranhas à arquitetura nela foram admitidas.


1.2. Símbolos da Maçonaria
Apesar da aceitação de pessoas estranhas à arquitetura na Maçonaria, instrumentos da arte de construir foram conservados como símbolos, dentro da entidade. Entre os instrumentos da simbologia maçônica, destacam-se: o compasso, a régua, o esqua­dro, o nível, o prumo, o escopo, o malhete, a alavanca e tantos outros usados pelos mestres da arquitetura.

O esquadro significa a necessidade de o maçom afastar-se de tudo aquilo cujo nível esteja em desacordo com a Sabedoria, Força e Beleza, palavras de grande significado dentro do vocabulário maçônico. Ele significa, outrossim, que o maçom deve regular a sua conduta e ações, sobretudo como tributo ao supremo Grande Arquiteto do Universo, que os maçons dizem ser Deus.

O nível ensina que todos os maçons são da mesma origem, ramos de um só tronco e participantes da mesma essência.

O prumo é o critério da retidão moral e da verdade, que ensi­na o maçom a marchar, desviando-se da inveja, da perversidade e da injustiça.

Segundo a orientação maçônica, todos os maçons têm o dever de ensinar e praticar essas virtudes, e outras mais, conforme a ori­entação dos mestres da Maçonaria.


1.3. A Trilogia Maçônica
Sabedoria, Força e Beleza são três palavras de efeito cabalístico no vocabulário maçônico. Formam como que uma tríplice virtu­de. Segundo esta trilogia, o maçom precisa levar em consideração a Sabedoria, para conduzi-lo em seus projetos; a Força, para sustentá-lo em suas dificuldades; e a Beleza, para revelar a delica­deza dos sentimentos nobres e fraternais do verdadeiro maçom.


1.4. Objetivos da Maçonaria
A Maçonaria alega ter como objetivo a busca da Verdade, o estudo da Moral e da Solidariedade Fraternal. Diz trabalhar para o aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, a fim de que os seus componentes sejam mais felizes ou menos sofredo­res, graças a uma maior compreensão mútua, pela prática constan­te da Fraternidade.

Tem por princípio a tolerância e o respeito recíprocos, sem impor dogmas ou exigir subserviência espiritual, concedendo aos seus adeptos amplo direito de pensar e discutir livremente. Con­sidera as concepções metafísicas como sendo de domínio exclu­sivo da apreciação individual dos seus membros, não admitindo afirmações dogmáticas que não possam ser debatidas racional­mente.

Tem por divisa "Liberdade", "Igualdade" e "Fraternidade", e por lema "Justiça" — "Verdade" e "Trabalho". Os seus compo­nentes devem esforçar-se para se aprimorarem espiritualmente, devotando-se à prática do bem, sem ostentação; não por vaidade, e sim como imperioso dever de solidariedade humana. Auxiliar o próximo não é um favor e sim o cumprimento de um dever. O maçom trai o seu juramento quando perde uma oportunidade de praticar o bem. O que para muitos "profanos" é um ato meritório, para o maçom é um dever imperioso, sagrado.

A Maçonaria considera seu principal dever estender a toda a humanidade os laços fraternais que unem os maçons dos diversos ritos dispersos pela superfície do Globo. Recomenda aos seus adep­tos a propaganda pela palavra oral, pela escrita e pelo exemplo de seus ensinamentos, sem distinção de raça, nacionalidade ou reli­gião. O essencial é que o homem creia; que acredite em um Ser Supremo. Se o indivíduo é ateu, é um descrente; cumpre ao maçom mostrar-lhe o caminho da crença, fazer-lhe ver que não podemos viver sem ter confiança, sem acreditar em um Ser Supremo, Deus, um Deus bondoso, perfeito, justiceiro, que sabe perdoar.

Os maçons têm por dever, em todas as circunstâncias da vida, ajudar, esclarecer e proteger os seus irmãos, defendendo-os contra as injustiças dos homens. Embora haja vários ritos na Maçonaria, um maçom deve tratar fraternalmente outro maçom como irmãos que são, sem procurar inteirar-se do seu rito, ou da obediência a que pertence. Considera o trabalho como um dos deveres essenci­ais do homem honrado, tanto o manual como o intelectual.