terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Desmascarando As Testemunhas de Jeová (Parte 02)

II. A DOUTRINA DA TRINDADE
Poucos aspectos da doutrina cristã têm sofrido tantos ataques das "testemunhas-de-jeová" quanto a doutrina da Trindade. O que eles pensam e dizem sobre este tema é abundantemente mostrado nos seus livros, revistas e palestras, como vemos a seguir.

2.1. O Cúmulo do Absurdo
"Satanás deu origem à doutrina da trindade" (Seja Deus Verdadeiro, p. 81).
"Um contemporâneo de Teófilo na África Setentrional, o escritor latino chamado Tertuliano, da cidade de Cartago, de­fronte a Itália, escreveu uma defesa de sua religião e introduziu nos seus escritos a palavra trinitas, que quer dizer 'trindade'. Daquele tempo em diante a doutrina trinitária veio a infectar cada vez mais a crença dos cristãos professos. Tal doutrina é absolutamente alheia ao verdadeiro Cristianismo. Nem se en­contra a palavra trias nas inspiradas Escrituras gregas cristãs, tampouco se acha a palavra trinitas, nem mesmo na tradução latina da Bíblia, a Vulgata" (Que tem Feito a Religião Pela Humanidade? p. 261).
"Ninrode casou-se com sua mãe Semíramis, e assim, num sen­tido, ele é seu próprio pai e seu próprio filho. Aqui está a origem da doutrina da trindade" (Russell, Estudos nas Escrituras).

2.2. Conceito Inconsistente
O ensino jeovista de que Tertuliano inventou a doutrina da Trindade é injusto, tendencioso e mau. Viria ao caso perguntar­mos: "Newton inventou a lei da gravidade ou simplesmente elucidou-a?" A mesma pergunta deve ser feita quanto à pessoa de
Tertuliano relativamente à doutrina da Trindade: "Tertuliano inventou a doutrina da Trindade ou simplesmente interpretou-a?"
Por exemplo, o fato de Martinho Lutero ter defendido a dou­trina da justificação pela fé e a do sacerdócio universal dos crentes não significa que ele as inventou.
É evidente que a palavra trindade não se encontra na Bíblia, como também nela não se encontram expressões como "testemunhas-de-jeová" e "Salão do Reino", porém, a Bíblia contém a idéia básica da doutrina da Trindade. Não descartamos a possi­bilidade de que Tertuliano tenha sido o primeiro dos escritores da Igreja a usar a palavra Trindade (três em um), com o objetivo de dar forma a uma verdade implícita do Gênesis ao Apocalipse. Devemos ter em mente, no entanto, que descobrir uma verdade não é a mesma coisa que inventar a verdade. A verdade não se inventa, descobre-se.

2.3. A Trindade nas Escrituras
A idéia da Trindade faz-se presente nos seguintes casos men­cionados na Bíblia Sagrada:
a. Criação do homem (Gn 1.26).
b. Conclusão divina quanto à capacidade do conhecimento do homem a respeito do bem e do mal (Gn 3.22).
c. Confusão das línguas, em Babel (Gn 11.7).
d. Visão e chamamento de Isaías (Is 6.8).
e. Batismo de Jesus no Jordão (Mt 3.16,17).
f. A Grande Comissão de Jesus (Mt 28.19).
g. Distribuição dos dons espirituais (1 Co 12.4-6).
h. Bênção apostólica (2 Co 13.13).
i. Descrição paulina da unidade da fé (Ef 4.4-6).
j. Eleição dos santos (1 Pe 1.2).
l. Exortação de Judas (Jd vv.20,21).
m. Dedicatória das cartas às sete igrejas da Ásia (Ap 1.4,5).

Tanto no Antigo como no Novo Testamento, títulos divinos são atribuídos às três Pessoas da Trindade: a) a respeito do Pai (Êx 20.2); b) a respeito do Filho (Jo 20.28); c) a respeito do Espírito Santo (At 5.3,4).

Cada Pessoa da Trindade é descrita na Bíblia, como:
· Onipresente (Pai - Jr 23.24; Filho - Ef 1.20-23; Espírito Santo - Sl 139.7)
· Onipotente (Pai - Gn 17.1; Filho - Ap 1.8; Espírito Santo - Rm 15.19)
· Onisciente (Pai - At 15.18; Filho - Jo 21.17; Espírito Santo - I Co 2.10)
· Criador (Pai - Gn 1.1; Filho - Jo 1.3; Espírito Santo - Jó 33.4)
· Eterno (Pai - Rm 16.26; Filho - Ap 22.13; Espírito Santo - Hb 9.14)
· Santo (Pai - Ap 4.8; Filho - At 3.14; Espírito Santo - Jo 1.33)
· Santificador (Pai - Jd 24,25; Filho - Hb 2.11; Espírito Santo - I Pe 1.2)
· Fonte da vida eterna (Pai - Rm 6.23; Filho - Jo 10.28; Espírito Santo - Gl 6.8)
· Mestre (Pai - Is 48.17; Filho - Mt 23.8; Espírito Santo - Jo 14.26)
· Capacitado a ressuscitar mortos (Pai - I Co 6.14; Filho - Jo 2.19; Espírito Santo - I Pe 3.16)
· Inspirador (Pai - Hb 1.1; Filho - II Co 13.3; Espírito Santo - Mc 13.11)
· Salvador (Pai - Tt 3.4; Filho - Tt 3.6; Espírito Santo - Jo 3.8)
· Supridor de ministros à Igreja (Pai - Jr 3.15; Filho - Ef 4.11; Espírito Santo - At 20.28)

DE OLIVEIRA, Raimundo. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Desmascarando as Testemunhas de Jeová (Parte 01)

As "Testemunhas-de-jeová" formam uma das seitas que mais crescem atualmente. Em face do seu proselitismo incontrolável, e do grande mal causado por seus ensinos à vida do crente, necessário se faz estudá-la.

I. RESUMO HISTÓRICO DO JEOVISMO
Charles Taze Russell, fundador da seita "Testemunhas de Jeová", nasceu no Estado da Pensilvânia, Estados Unidos, no ano de 1854. Perturbado pela doutrina das penas eternas, tornou-se simpatizante da doutrina adventista, a qual abraçou posteriormen­te. Como Russell possuía pontos de vista muito pessoais, princi­palmente quanto à maneira e ao objetivo da vinda de Cristo, não demorou haver divergência entre seus pontos de vista e os dos líderes adventistas. Nessa época, em parceria com um adventista de nome N.H. Barbour, escreveu um livro. Essa amizade, porém, durou pouco, pois logo se separaram, após uma acalorada discus­são quanto à doutrina da expiação. Um ano após, em 1872, Russell lança os fundamentos do seu movimento, inicialmente com os nomes "Torre de Vigia de Sião" e "Arauto da Presença de Cristo".

1.1. As Idéias de Russell
Russell vivia em freqüentes choques com as autoridades e os tribunais, dos quais nem sempre se saía bem. Censurou as igrejas e seus líderes como porta-vozes do engano e como instrumentos do diabo. Para preparação dos seus discípulos, escreveu uma obra intitulada Estudos nas Escrituras, sobre a qual o próprio Russell declarou ousadamente que seria melhor que ela fosse lida do que lida a Bíblia sozinha. Contudo, mais tarde, ele mesmo chamou de "imaturos" alguns de seus escritos primitivos.
Russell foi um homem de mau procedimento. Casou-se em 1879. Várias vezes foi levado ao tribunal por sua própria esposa, em face de maus tratos que sofria dele. Não podendo ela suportá-lo mais, abandonou-o em 1887, dele divorciando-se em 1913. Viu-se muitas vezes em apuros com a justiça devido a escândalos financeiros.

1.2. JOSEPH FRANKLIN RlJTHERFORD
Charles Taze Russell morreu a 9 de novembro de 1916, sendo substituído pelo juiz Joseph Franklin Rutherford. Rutherford excedeu em muito a atuação do próprio Russell, fundador da seita. Logo no princípio da sua gestão, fundou a re­vista Despertai, com uma tiragem mensal que vai a um milhão de exemplares. Esteve por vários meses na cadeia por causa de alegadas "atividades antiamericanas", no inicio da entrada dos Estados Unidos na Primeira Grande Guerra. Isto contribuía mais para que Rutherford e seus seguidores tivessem maior ódio da "or­ganização do diabo" (como tratavam toda e qualquer espécie de organização política ou religiosa que se opunha aos seus ensinos e às doutrinas). Rutherford morreu a 8 de janeiro de 1942, com 72 anos de idade.

1.3. Nathan H. Knorr
Com a morte de Rutherford, Nathan H. Knorr assumiu a os liderança da seita. No início do seu mandato escreveu um ensaio com o título: "Testemunhas-de-jeová dos Tempos Modernos", com a afirmação: "Deus Jeová é o organizador de suas testemunhas sobre a terra". Prosseguindo, diz que o nome da organização deri­va-se da passagem de Isaías 43.10: "Vós sois minhas testemunhas, diz Jeová".

1.4. Escravos de um Sistema
As Testemunhas-de-jeová demonstram um zelo incomum em tornarem conhecidas as suas doutrinas, pelo que se dedicam ao máximo à venda de livros e revistas, de porta em porta. Além de se dedicarem com afinco a esse trabalho, quase todos dão uma parce­la de cooperação na disseminação das doutrinas da seita. W.J. Schenell, ex-testemunha", diz que as "testemunhas" ficam sob constantes pressões e com medo mortal dos seus líderes. Por exem­plo: se não venderem suficiente literatura, serão rebaixados à "clas­se de maus servos", ou "servos inúteis".

1.5. Expansão da Seita
Já em 1949, o Anuário das Igrejas Americanas trazia o seguinte: "As testemunhas-de-jeová têm grupos em quase todas as ci­dades dos Estados Unidos, bem como em outras partes do mun­do, com o propósito de estudar a Bíblia. Não fazem relatório de seus membros, nem anotam a assistência às reuniões. Reúnem-se em salões alugados e não constróem templos para o seu pró­prio uso".

A maior parte dos seus esforços é gasta procurando alcançar pessoas já membros de igrejas evangélicas, cujos preceitos eles põem em dúvida por meio de ensinos subversivos. Enviam os seus representantes para os campos missionários estrangeiros, onde, às vezes, entram em conflito com as autoridades.
DE OLIVEIRA, Raimundo. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Desmascarando as Testemunhas de Jeová - Pregação









sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Desmascarando o Adventismo do 7° Dia (Parte 04)

IV. DOUTRINAS PECULIARES DO ADVENTISMO
Além da guarda do sábado, o Adventismo do Sétimo Dia di­verge dos evangélicos em outros três assuntos de capital impor­tância. São eles: o estado da alma após a morte, o destino final dos ímpios e de Satanás, e a obra da expiação.

4.1. O Estado da Alma Após a Morte
O Adventismo ensina que após a morte do corpo a alma é reduzida ao estado de silêncio, de inatividade e de inteira in-consciência, isto é, entre a morte e a ressurreição, os mortos dor­mem.
Este ensino contradiz vários textos das Escrituras, dentre os quais destacam-se Lucas 16.22-30 e Apocalipse 6.9,10.

O primeiro texto registra a história do rico e Lázaro logo após a morte, e mostra que o rico, estando no inferno,
a. levantou os olhos e viu Lázaro no seio de Abraão (v.23);
b. clamou por misericórdia (v.24);
c. teve sede (v.24);
d. sentiu-se atormentado (v.24);
e. rogou em favor dos seus irmãos (v.27);
f. ainda tinha seus irmãos em lembrança (v.28);
g. persistiu em rogar a favor dos seus entes queridos (v.30).

Já o texto de Apocalipse 6.9,10 trata da abertura do quinto selo, quando João viu debaixo do altar "as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam".

Segundo o registro de João, elas
a. clamavam com grande voz (v.10);
b. inquiriram o Senhor (v.10);
c. reconheceram a soberania do Senhor (v.10);
d. lembravam-se de acontecimentos da Terra (v.10);
e. clamavam por vingança divina contra os ímpios (v. 10).

As expressões dormir ou sono usadas na Bíblia para tipificar a morte falam da indiferença dos mortos para com os acontecimen­tos normais da Terra e nunca para com aquilo que faz parte do ambiente onde estão as almas desencarnadas. Assim como o sub­consciente continua ativo enquanto o corpo dorme, a alma do ho­mem não cessa sua atividade quando o corpo morre.
A palavra de Cristo na cruz ao ladrão arrependido: "Em ver­dade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso" (Lc 23.43), é uma prova da consciência da alma imediatamente após a morte.
No momento da transfiguração de Cristo, Moisés não estava inconsciente e silencioso enquanto falava com Cristo sobre a sua morte iminente (Mt 17.1-6).

4.2. O Destino Final dos Ímpios e Satanás
Spicer, um dos mais lidos escritores adventistas, escreve: "O ensino positivo da Sagrada Escritura é que o pecado e os pecado­res serão exterminados para não mais existirem. Haverá de novo um Universo limpo, quando estiver terminada a grande controvér­sia entre Cristo e Satanás". É evidente que este ensino entra em contradição com as seguintes passagens: Daniel 12.2; Mateus 25.46; João 5.29 e Apocalipse 20.10.

Daniel 12.2 e Mateus 25.46 estão de acordo ao afirmar que:
a. Os justos ressuscitarão para a vida e gozo eternos;
b. Os ímpios ressuscitarão para vergonha e horror igualmente eternos.
Aqui, "vergonha e horror eterno" não significa destruição ou aniquilamento. Estas palavras falam do estado de separação entre Deus e o ímpio após a sua morte. Se for certo que o ímpio será destruído, por que então terá ele de ressuscitar e depois ser lança­do no Lago de Fogo? (Mt 25.41). Apocalipse 14.10,11 diz que os adoradores do Anticristo serão atormentados "e a fumaça de seu tormento sobe pelos séculos dos séculos". Isto não é aniquilamen­to. Quanto à pessoa de Satanás, Apocalipse 20.10 diz que ele, o Anticristo e o Falso Profeta, "serão atormentados no Lago de Fogo pelos séculos dos séculos", para sempre. Isto não é aniquilamento.

4.3. A Doutrina da Expiação

Segundo o Adventismo do Sétimo Dia, a doutrina da expiação é explicada partindo do seguinte raciocínio:
a. Em 1844, Cristo começou a purificação do santuário celestial.
b. O céu é a réplica do santuário típico sobre a Terra, com dois compartimentos: o lugar santo e o santo dos santos.
c. No primeiro compartimento do santuário celestial, Cristo intercedeu durante dezoito séculos (do ano 33 ao ano 1844), em prol dos pecadores penitentes, "entretanto seus pecados permane­ciam ainda no livro de registros".
d. A expiação de Cristo permanecera inacabada, pois havia ainda uma tarefa a ser realizada, a saber: a remoção de pecados do santuário no céu.
e. A doutrina do santuário levou o Adventismo do Sétimo Dia finalmente a declarar: "Nós discordamos da opinião de que a ex­piação foi efetuada na cruz, conforme geralmente se admite".
Este ensino não pode manter-se de pé, primeiramente porque foi concebido por uma pessoa (a senhora White) de exagerado fanatismo e de muitas visões da carne; e segundo, porque é incoe­rente com o tratamento do assunto nas Escrituras. A Bíblia ensina que:
a. A obra expiatória de Cristo é perfeita (Hb 7.27; 10.12,14).
b. A salvação do crente é perfeita e imediata (Jo 5.24; 8.36; Rm8.1; 1 Jo 1.7).


DE OLIVEIRA, Raimundo. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Desmascarando o Adventismo do 7° Dia (parte 03)

III. O SÁBADO OU O DOMINGO?
É possível alguém cumprir a Lei sem guardar o sábado? A resposta a esta pergunta é dada quando estudamos a vida e o mi­nistério terreno de nosso Senhor Jesus Cristo.
O Novo Testamento ratifica o que está escrito no Antigo Tes­tamento, que, ninguém jamais foi capaz de cumprir a lei na sua plenitude. A necessidade da encarnação de Cristo se constitui numa das mais evidentes provas da incapacidade do homem em cumprir a lei divina, por isso Ele mesmo disse: "Não penseis que vim revo­gar a lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra" (Mt 5.17,18).
Não poucas passagens do Antigo Testamento mostram a irritação divina diante do legalismo frio e morto dos judeus, apre­sentado através dos sacrifícios e sucessivas cerimônias feitas com o propósito de satisfazer a letra da Lei. Quanto mais tempo passa­va, mais imperfeito se manifestava o homem que buscava a perfei­ção através da prática da Lei. Porém, veio Jesus Cristo, o enviado de Deus, para cumprir a Lei em nosso lugar, o que fez coroando-a pelo ato da sua morte na cruz.

3.1. Jesus Violou o Sábado
Segundo a Bíblia, Jesus teve o seu nascimento prometido se­gundo a Lei (Dt 18.15); nasceu sob a Lei (Gl 4.4); foi circuncidado segundo a Lei (Lc 2.21); foi apresentado no templo segundo a Lei (Lc 2.22); ofereceu sacrifício no templo segundo a Lei (Lc 2.24); foi odiado segundo a Lei (Jo 15.25); foi morto segundo a Lei (Jo 19.7); viveu, morreu e ressuscitou segundo a Lei (Lc 24.44,46).
Apesar de Jesus haver cumprido toda a Lei, a respeito dEle se lê: "E os judeus perseguiam a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. Mas Ele lhes disse: Meu pai trabalha até agora, e eu traba­lho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus" (Jo 5.16-18). (ênfase minha)
Observe que assim como para os judeus era inadmissível Je­sus ser Filho de Deus enquanto violava o sábado, para o Adventismo é igualmente impossível admitir que os evangélicos sejam filhos de Deus enquanto guardam o domingo, em substi­tuição ao sábado.

3.2. A Abolição do Sábado

Acusado pelos judeus de violar o sábado, Jesus afirmou que "... o sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do homem é Senhor também do sábado" (Mc 2.27,28).
Com estas palavras, Jesus defende o princípio moral do quar­to mandamento do Decálogo, condenando abertamente o cerimonialismo, e revela a sua autoridade divina sobre o sábado, para cumpri-lo, aboli-lo ou mudá-lo. O sentimento moral é a ne­cessidade de se descansar um dia por semana, valendo, para esse fim, qualquer deles.
Sobre esta questão, escreveu o apóstolo Paulo: "Um faz dife­rença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente. Quem distin­gue entre dia e dia, para o Senhor o faz" (Rm 14.5,6).

3.3- Por que o Domingo?
Dentre outras razões da substituição do sábado pelo domingo, como dia semanal de repouso para a Igreja, destacam-se as se­guintes:
• Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana (Mc 16.9).
• O primeiro dia da semana foi o dia especial das manifesta­ções de Cristo ressuscitado. Manifestou-se cinco vezes no primei­ro domingo e outra vez no domingo seguinte (Lc 24.13,33-36; Jo 20.13-19,26).
• O Espírito Santo foi derramado no dia de Pentecostes, um dia de domingo (Lv 23.15,16,21; At 2.1-4).
• Os cristãos dos tempos apostólicos costumavam reunir-se aos domingos para celebrar a Santa Ceia do Senhor, pregar, e se­parar suas ofertas para o Senhor (At 20.7; 1 Co 16.1,2).
Ainda sobre o domingo como dia de festa semanal da Igreja, veja o que escreveram os seguintes Pais da Igreja:
• Barnabé: "De maneira que nós observamos o domingo com regozijo, o dia em que Jesus ressuscitou dos mortos".
• Justino Mártir: "Mas o domingo é o dia em que todos te­mos nossa reunião comum, porque é o primeiro dia da semana, e Jesus Cristo, nosso Salvador, neste mesmo dia ressuscitou da mor­te".
• Inácio: "Todo aquele que ama a Cristo, celebra o Dia do Senhor, consagrado à ressurreição de Cristo como o principal de todos os dias, não guardando os sábados, mas vivendo de acordo com o Dia do Senhor, no qual nossa vida se levantou outra vez por meio dele e de sua morte. Que todo amigo de Cristo guarde o dia do Senhor!"
• Dionísio de Corinto: "Hoje observamos o dia santo do Se­nhor, em que lemos sua carta".
• Vitorino: "No Dia do Senhor acudimos para tomar nosso pão com ações de graça, para que não se creia que observamos o sábado com os judeus, o qual Cristo mesmo, o Senhor do sábado, aboliu em seu corpo".
Escreve o apóstolo Paulo: "Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, por­que tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo. Ninguém se faça árbitro contra vós ou­tros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado sem motivo algum na sua mente carnal, e não retendo a Cabeça, da qual todo corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus" (Cl 2.16-19).

DE OLIVEIRA, Raimundo. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Desmascarando o Adventismo do 7° Dia (Parte 02 )

II. A GUARDA DO SÁBADO
A guarda do sábado é sem dúvida o principal ponto de contro­vérsia da doutrina do Adventismo do Sétimo Dia. O próprio com­plemento do nome desta seita, "Sétimo Dia", mostra quanta afini­dade existe entre o adventismo e o sábado.
O Adventismo ensina que o crente deve observar o sábado como o dia de repouso, e não o domingo. Crê que os que guardam o domingo aceitarão a "marca da besta" sob o governo do Anticristo. Helen White ensina que a observância do sábado é o selo de Deus; enquanto o domingo será o selo do Anticristo.

2.1. Origem da Doutrina Sabática
Já mostramos que dos três grupos que se juntaram para for­mar o Adventismo, o primeiro era liderado por Joseph Bates, e observava o sábado como dia semanal de descanso. Contudo, a observância do sábado como dia de repouso tomou força quan­do a senhora Helen White começou a alegar ter recebido uma "revelação", segundo a qual Jesus descobriu a arca do concerto e ela pode ver dentro as tábuas da Lei. Para sua surpresa, o quarto mandamento estaria no centro, rodeado de uma auréola de luz.

2.2. Uma Doutrina Insustentável
Evidentemente, não temos qualquer preconceito contra o Adventismo pelo simples fato de seus adeptos guardarem o sába­do. Questionamos o Adventismo pelo fato de fazerem desse ensi­no um cavalo de batalha contra as igrejas evangélicas que têm o domingo como dia de repouso semanal.
Dos dez mandamentos registrados em Êxodo 20, o Novo Tes­tamento ratifica apenas nove, excetuando o quarto, que fala da guarda do sábado. Por exemplo, compare os mandamentos da co­luna esquerda com os da coluna direita:

1. " Não terás outros deuses diante de Mim" (Ex 20.3) - "...vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, e a terra..." (At 14.15).
2. "Não farás para ti imagem de escultura" (Êx 20.4) - "Filhinhos, guardai-vos dos ídolos" (Jo 5.21).
3. "Não tomaras o nome do Senhor teu Deus em vão" (Ex 20.7) - "... não jureis nem pelo Céu, nem pela terra" (Tg 5.12).
4. "Lembra-te do dia do sába­do, para o santifícar" (Ex 20.8) - (Não há este mandamento no Novo Testamento)
5. "Honra a teu pai e a tua mãe" (Êx 20.12) - "Filhos, obedecei a vossos pais" (Ef 6.1).
6. "Não matarás" (Êx 20.13) - "Não matarás" (Rm 13.9).
7. "Não adulterarás" (Êx 20.14) - "Não adulterarás" (Rm 13.9).
8. "Não furtarás" (Êx 20.15) - "Não furtarás" (Rm 13.9).
9. "Não dirás falso testemunho" (Êx 20.16) - "Não mintais uns aos outros" (Cl 3.9).
10. "Não cobiçarás" (Êx 20.17) - "Não cobiçarás" (Rm 13.9).

O Novo Testamento repete pelo menos:

• 50 vezes o dever de adorar somente a Deus;
• 12 vezes a advertência contra a idolatria;
• 4 vezes a advertência para não tomar o nome do Senhor em
vão;
• 6 vezes a advertência contra o homicídio;
• 12 vezes a advertência contra o adultério;
• 6 vezes a advertência contra o furto;
• 4 vezes a advertência contra o falso testemunho;
• 9 vezes a advertência contra a cobiça.

Em nenhum lugar do Novo Testamento, no entanto, é encon­trado o mandamento de guardar o sábado.

DE OLIVEIRA, Raimundo. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Desmascarando o Adventismo do 7° Dia (Parte 01)

No princípio do século XIX, quando pouca ênfase era dada à segunda vinda de Cristo, Guilherme (William) Miller, pastor batista do Estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos, dedicou-se ao estudo e a pregação deste assunto. Lendo Daniel 8.14, "Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado", Miller passou a fazer deste versículo o tema duma grande controvérsia sobre os eventos futuros.

I. RESUMO HISTÓRICO DO ADVENTISMO
Calculando que cada um dos 2.300 dias da profecia de Daniel representava um ano, Miller tomou o regresso de Esdras do cati­veiro no ano 457 a.C. como ponto de partida para o cálculo de que Cristo voltaria à Terra, em pessoa, no ano de 1834. Esta previsão fora feita em 1818.

Tão grande foi o impacto causado por essa revelação de Miller, que muitos crentes, vindos de diferentes igrejas, doaram suas pro­priedades, abandonaram os seus afazeres, e se prepararam para receber o Senhor no dia 21 de março daquele ano. O dia aprazado chegou, mas o tão esperado acontecimento não se deu. Revisando seus cálculos, Miller concluiu que havia errado por um ano, e anun­ciou que Cristo voltaria no dia 21 de março do ano seguinte, ou seja, de 1844. Porém, ao chegar essa data, Miller e seus seguido­res, em número aproximado de 100 mil, sofrem nova decepção. Uma vez mais Miller fez um novo cálculo segundo o qual Cristo voltaria no dia 22 de outubro daquele mesmo ano; porém essa previsão falhou também.

1.1. Miller Reconhece o Seu Erro
Guilherme Miller deu toda prova de sinceridade, confessando simplesmente que havia se equivocado em seu sistema de inter­pretação da profecia bíblica. Nesse tempo ele mesmo escreveu: "Acerca da falha da minha data, expresso francamente o meu desapontamento... Esperamos naquele dia a chegada pessoal de Cristo; e agora, dizer que não erramos é desonesto! Nunca deve­mos ter vergonha de confessar nossos erros abertamente" (A His­tória da Mensagem Adventista, p. 410).

1.2. Novas Tendências
Não obstante Miller ter reconhecido o seu erro em marcar o dia da volta de Cristo pela interpretação da profecia, nem todos os seus seguidores estavam dispostos a abandonar essa mensa­gem. Dos muitos grupos que o haviam seguido, três se uniram para formar uma nova igreja baseada numa nova interpretação da mensagem de Miller. Esta nova interpretação surgiu de uma "revelação" de Hiram Edson, fervoroso discípulo e amigo de Miller. Segundo Edson, Miller não estava equivocado em rela­ção à data da vinda de Cristo, mas sim em relação ao local. Disse ele que na data profetizada por Miller, Cristo havia entrado no santuário celestial, não no terrenal, para fazer uma obra de puri­ficação ali.

Guilherme Miller não aceitou essa interpretação nem seguiu ao novo movimento. Quanto a isto ele mesmo escreveu: "Não tenho confiança alguma nas novas teorias que surgiram no movimento; isto é, que Cristo veio como Noivo, e que a porta da graça foi fechada; e que em seguida a sétima trombeta tocou, ou que foi de algum modo o cumprimento da profecia da sua vin­da" (A História da Mensagem Adventista, p. 412).

Até o fim dos seus dias, em 20 de dezembro de 1849, com sessenta e oito anos incompletos, Miller permaneceu como cristão humilde e consagrado. Ele morreu na fé e na esperança de estar em breve com o Senhor.

1.3. Anos Posteriores a Miller
Dos três grupos que apoiaram Hiram Edson na sua nova "re­velação", dois deles deram substancial contribuição para a forma­ção da seita hoje conhecida como "Adventismo do 7a Dia".
O primeiro era dirigido por Joseph Bates, que observava o sábado, e não o domingo. O segundo grupo dava muita ênfase aos dons espirituais, particularmente ao de profecia, e tinha entre os seus membros a senhora Helen Harmon (mais tarde senhora White), que dizia ter o dom de profecia.

Ao se unirem os três grupos, cada um deu a sua contribuição para a nova igreja em formação: o primeiro, a revelação de Edson com respeito ao santuário celestial; o segundo, o legalismo; e o terceiro grupo cooperou com uma profetiza que por mais de meio século haveria de exercer influência predominante na fundação e crescimento da nova igreja.

Não obstante possuir uma esperança escatológica, o Adventismo do Sétimo Dia esposa uma doutrina pouco coerente com a revelação divina dada através das Escrituras.

DE OLIVEIRA, Raimundo. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Desmascarando o Espiritismo (Parte 08)

X. O ESPIRITISMO E AS SUAS CRENÇAS
Já dissemos que as duas principais estacas de sustentação do espiritismo são o dogma da reencarnação e a alegada possibilida­de de os vivos se comunicarem com os espíritos dos mortos. Mas a doutrina espiritista é muito mais que isto, como é mostrado a seguir.

10.1. Complexo Doutrinário
O conjunto de doutrinas do espiritismo é grande e complexo. Na verdade constitui-se num esquema de negação de toda a doutrina bíblica cristã. Veja, por exemplo, o que crê o espiritismo acerca dos seguintes temas da doutrina cristã.

10.1.1 Deus
"Abrogamos a idéia de um Deus pessoal" (The Physical Phenomena in Spiritualism Revealed).
"Deve-se entender que existem tantos deuses quantas são as mentes que necessitam de um deus para adorar; não apenas um, dois, ou três, mas muitos" (The Banner of Light, 03.02.1866).

10.1.2. Cristo
"Qual é o sentido da palavra Cristo! Não é, como se supõe geralmente, o Filho do Criador de todas as coisas? Qualquer ser justo e perfeito é Cristo" (Spiritual Telegraph, nº 37).
"Não obstante, parece que todo o testemunho recebido dos espíritos avançados mostra apenas que Cristo era um médium e um reformador da Judéia, e que agora é um espírito avançado na sexta esfera" (Palavras do Dr. Weisse, citado por Hanson, em Demonology or Spiritualism).
"Cristo foi um homem bom, mas não poderia ter sido divino, exceto no sentido, talvez em que todos somos divinos" (Mensa­gem por um "espírito", citado por Raupert em Spiritist Phenomena and Their Interpretatiorí).

10.1.3. A Expiação
"A doutrina ortodoxa da Expiação é um remanescente dos maiores absurdos dos tempos primitivos, e é imoral desde o âma­go... A razão dessa doutrina é que o homem nasce neste mundo como pecador perdido, arruinado, merecedor do inferno. Que mentira ultrajante!... — Porventura o sangue não ferve de indig­nação ante tal doutrina?" (Médium and Daybreak).

10.1.4. A Queda
"Nunca houve qualquer evidência de uma queda do homem" (A. Conan Doyle).
"Precisamos rejeitar o conceito de criaturas caídas. Pela queda deve-se entender a descida do espírito à matéria" (The True Light).

10.1.5. O Inferno
"Posso dizer que o inferno é eliminado totalmente, como há muito tem sido eliminado do pensamento de todo homem sensato. Essa idéia odiosa, tão blasfema em relação ao Criador, originou-se do exagero de frases orientais, e talvez tenha tido sua utilidade em uma era brutal, quando os homens eram assustados com cha­mas, como as feras são espantadas pelos viajantes" (A. Conan Doyle, em Outlines of Spiritualism).

10.1.6. A Igreja
"Passo a passo avançou a Igreja Cristã, e ao fazê-lo, passo a passo a tocha do espiritismo foi retrocedendo, até que quase não se podia mais perceber uma fagulha brilhante em meio às trevas espessas... Por mais de mil e oitocentos anos a chamada Igreja Cristã se tem imposto entre os mortais e os espíritos, barrando toda oportunidade de progresso e desenvolvimento. Atualmente, ela se ergue como completa barreira ao progresso humano, como já fazia há mil e oitocentos anos" (Mmd and Matter, 08.05.1880).
"Se o Cristianismo sobreviver, o espiritismo deve morrer; e se o espiritismo tiver de sobreviver, o Cristianismo deve desaparecer. São a antítese um do outro..." (Mmd and Matter, junho de 1880).

10.1.7. A Bíblia
"Asseverar que ela [a Bíblia] é um livro santo e divino, e que Deus inspirou os seus escritores para tornar conhecida a vontade divina, é um grosseiro ultraje e um logro para com o público" (Outlines of Spiritualism).
"Gostamos pouco de discutir baseados na Bíblia, porque, além de a conhecermos mal, encontramos nela, misturados com os mais santos e sábios ensinamentos, os mais descabidos e inaceitáveis absurdos" (Carlos lmbassahy, O Espiritismo Analisado).

10.2. Refutação Bíblica Dessas Afirmações Erradas
A Bíblia Sagrada, a espada do Espírito Santo, lança a doutrina espiritista por terra, e declara em alto e bom som, que:

10.2.1. Deus
a. É um ser pessoal (Jo 17.3; SI 116.1,2; Gn 6.6; Ap 3.19);
b. É um ser único (Dt 6.4; Is 45.5,18; 1 Tm 1.17; Jd 25).

10.2.2. Jesus Cristo
a. Foi superior aos homens (Hb 7.26);
b. É apresentado na Bíblia como profeta, sacerdote e rei, e nunca como médium (At 3.19-24; Hb 7.26,27; Fp 2.9-11).

10.2.3. A Expiação
a. Foi um ato voluntário de Cristo (Tt 2.14);
b. É alcançada como conseqüência da fé (At 10.43);
c. É adquirida pelo sangue de Cristo, segundo a riqueza da sua graça (Ef 1.7).

10.2.4. A Queda
a. Sobreveio como conseqüência da desobediência de Adão (Rm 5.12,15,19);
b. Decorreu da tentação do diabo (Gn 3.1-5; 1 Tm 2.14).

10.2.5. O Inferno
a. Foi preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41);
b. Fica embaixo (Pv 15.24; Lc 10.15);
c. Será a habitação final e eterna dos perversos (SI 9.7; Mt 25.41).

10.2.6. A Igreja
a. Foi fundada por Jesus Cristo (Mt 16.18);
b. Jamais será vencida (Mt 16.18);
c. É guardada pelo Senhor (Ap 3.10).

10.2.7. A Bíblia
a. É a Palavra de Deus (2 Sm 22.31; SI 12.6; Jr 1.12);
b. Foi escrita sob inspiração divina (1 Pe 2.20,21);
c. É absolutamente digna de confiança (SI 111.7);
d. É descrita como pura (Sl 19.8), espiritual (Rm 7.14), santa, justa e boa (Rm 7.12), ilimitada (Sl 119.96), perfeita (Sl 19.7, Rm 12.2), verdadeira (Sl 119.142), não pesada (1 Jo 5.3).

Disse Henrique Heine, o famoso poeta lírico alemão: "Depois de haver passado tantos e tantos longos anos de mi­nha vida e correr as tabernas da filosofia, depois de me haver en­tregue a todas as politiquices do espírito e ter participado de todos os sistemas possíveis, sem neles encontrar satisfação, ajoelho-me diante da Bíblia".

DE OLIVEIRA, Raimundo. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

Desmascarando o Espiritismo (Parte 07)

IX. VOCABULÁRIO ESPIRITISTA
Assim como a pessoa é conhecida pelo vocabulário que usa, de igual modo o espiritismo é mais bem identificado por seu vocabulário, usado para comunicar os seus enganos. É eviden­te que muitas das palavras seguintes, usadas no linguajar espiritista, podem ter diferentes sentidos, por exemplo, de acor­do com a ciência. Porém, na relação a seguir, vamos dar o sig­nificado de cada palavra, de acordo com a interpretação dada pelo próprio espiritismo.

9.1. Palavras de Engano
Do grande universo de termos usados pelo espiritismo, desta­cam-se os seguintes:
Médium - Pessoa a quem se atribui o poder de se comunicar com espíritos de pessoas mortas.
Mediunidade - E o fenômeno em que uma pessoa recebe um outro espírito, supostamente de uma pessoa falecida, sendo que esse espírito recebido passa a dominar a mente do médium que recebe o controle e o domínio do seu próprio corpo.
Clarividência e Clariaudiência - Fenômenos segundo os quais uma pessoa pode sentir, observar e ver os espíritos que a rodeiam, servindo de elo de ligação e comunicação entre o mundo visível e o invisível.
Levitação - Força psíquica gerada por uma ou mais mentes na imposição de mãos, onde um objeto ou uma pessoa pode ele­var-se do solo. E muito praticada na parapsicologia, que é uma falsa ciência.
Telepatia - Comunicação por via sensorial entre duas men­tes à distância; transmissão de pensamento.
Criptestesia - E o fenômeno da sensação do oculto, ou seja, o conhecimento de um fato transmitido por um morto, sem conhe­cimento de nenhum vivo.
Premonição - Sensação, pressentimento do que vai suceder.
Metagnomia - É a resolução de problemas matemáticos, obras artísticas que se produzem e línguas desconhecidas que se decifram (lembre-se de que isto nada tem a ver com nenhum dos dons do Espírito Santo).
Telecinesia - Movimentos de objetos, toque de instrumentos musicais, alterações de balanços sem o toque de mãos.
Idioplastia - É a alteração do corpo físico em virtude do pensamento.

9.2. Características Desses Fenômenos
Cássio Colombo, em um "Estudo Sobre o Espiritismo", cha­ma a nossa atenção para o fato de que esses "fenômenos":
1) Não são fatos comuns da vida; antes, impressionam pela sua anormalidade.
2) Ocorrem apenas com determinadas pessoas, que também recebem o nome de "clarividentes" ou "médiuns".
3) Todos são, pelo menos na aparência, fatos inteligentes.
4) São fenômenos que ninguém tem a consciência de causas. Daí a atribuí-los cada qual a outrem, ou seja, não há entidade res­ponsável pelos trabalhos.
5) Os fenômenos metapsíquicos independem de espaço e de tempo. Há conhecimento direto, imediato.
6) Há condições necessárias para as manifestações metapsíquicas: concentração, penumbra, etc. O medo, a desconfi­ança e o sarcasmo perturbam essas manifestações.
7) Há quase sempre o que se tem chamado de projeção, isto é, os fenômenos são objetivos e não subjetivos. Não há alucinações.
8) As mensagens mediúnicas são muitas vezes apresentadas de modo simbólico. Exemplo: para simbolizar uma morte, surge uma despedida.
9) Os fenômenos referidos várias vezes ocorrem na hora da morte, supondo-se que, neste caso, os fenômenos surjam por cau­sa da tensão emotiva e das condições vitais, que, fugindo à regra, permitem a manifestação das forças latentes do espírito.
10) Há comportamento nas manifestações metapsíquicas que parecem expressar existência de personalidades diferentes dos que tomam parte da sessão. É o caso da fraude e da fantasia comuns no espiritismo.

DE OLIVEIRA, Raimundo. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Desmascarando o Espiritismo (Parte 06)

VII. PODEM OS MORTOS AJUDAR OS VIVOS?
Para saber se os mortos podem ou não ajudar os vivos, leia a história do rico e Lázaro, contada por Jesus no Evangelho de Lucas 16.19-31. Precisamente, os versículos 22 e 23 dizem: "E aconte­ceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado. E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio".

7.1. Um Quadro Contrastante
Veja que contraste: Lázaro morre e é levado ao Paraíso de Deus, enquanto o rico, ao morrer, é lançado no inferno de horror, de onde, em agonia, clama: "Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama" (v. 24).
Naquele instante de extrema dor e sofrimento, um pequenino favor de Lázaro seria suficiente para amenizar o sofrimento da­quele infeliz; porém, o pai Abraão respondeu: "... Filho, lembra-te de que recebestes os teus bens em tua vida, e Lázaro, somente males; e, agora, este é consolado, e tu, atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá" (vv. 25,26).

7.2. Algumas Conclusões Desta Passagem
Feita uma análise desta passagem, as conclusões a que chega­mos são:
a. A vida no porvir será uma conseqüência natural da vida que se viveu aqui na Terra: Lázaro, que era piedoso e temente a Deus aqui, ao morrer foi levado para o Paraíso, enquanto o homem rico, vaidoso e indiferente às necessidades dos outros, morreu e foi le­vado para o inferno de trevas e sofrimento.
b. O lugar onde serão lançados os perdidos será um lugar de sofrimento eterno, e não um lugar de purificação e aperfeiçoa­mento dos espíritos.
c. Se ao homem aqui, vivendo ímpia e perversamente, abre-se-lhe uma porta de escape após a morte, como admite o espiritis­mo, o Evangelho de Cristo deixa de ser o que é, ao passo que o sacrifício de Cristo torna-se a coisa mais absurda sobre a qual já se teve notícia.
d. Se um falecido pudesse, de alguma forma ajudar os seus entes queridos vivos, o rico não teria rogado a Abraão que envias-
se Lázaro ou um dos mortos à casa dos seus irmãos, a fim de ad­verti-los do perigo de cair no inferno; ele mesmo teria feito isto.
e. Se fosse possível que o espírito de um falecido pudesse aju­dar os vivos, Deus teria permitido que Lázaro, um dos mortos, ou o próprio homem rico exercesse influência junto aos parentes deste.
f. Tudo quanto o homem precisa conhecer concernente à sal­vação e à vida eterna acha-se exarado nos escritos de Moisés, dos profetas, dos evangelistas e dos apóstolos do nosso Senhor Jesus Cristo.
Toda a revelação divina escrita encerra-se nas seguintes pala­vras de Jesus Cristo: "Eu testifico a todo aquele que ouvir as pala­vras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste li­vro; e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da Cidade Santa, que estão descritas neste livro" (Ap 22.18,19).
Assim, os chamados "bons ensinamentos" dos espíritos dos mortos, defendidos pelo espiritismo, nada mais são do que ensinamentos de demônios, pois apresentam-se como nova fonte de revelação, em detrimento da verdadeira revelação de Deus — a Bíblia Sagrada.

DE OLIVEIRA, Raimundo. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Desmascarando o Espiritismo (Parte 05)

VI. SAUL E A MÉDIUM DE EN-DOR
(Antes de prosseguir, tome a sua Bíblia, abrindo-a no capítulo 28 de 1 Samuel. Leia todo esse capítulo e em seguida volte à leitu­ra deste livro.)
Concluída a leitura desta porção das Escrituras, vêm à mente perguntas, tais como: É ou não possível comunicar-se com os es­píritos de pessoas falecidas? Foi ou não Samuel quem apareceu na sessão espírita de En-Dor? Muitas respostas poderiam ser dadas aqui, como por exemplo: A assembléia judaica sempre acreditou que Samuel realmente apareceu naquela ocasião. Essa também era a opinião de alguns dos mais destacados líderes da Igreja dos pri­meiros séculos, entre eles, Justino Mártir e Origenes. Já Tertuliano, Jerônimo, Lutero e Calvino acreditavam que um demônio apare­ceu em forma de pessoa, personificando Samuel.

6.1. Análise do Caso
Até mesmo uma despretensiosa análise de 1 Samuel 28 mos­tra com clareza meridiana que um espírito de engano, e não Samuel, foi quem apareceu na sessão espírita de En-Dor. Dentre as muitas provas contra a opinião de que Samuel apareceu naquela ocasião, destacam-se as seguintes:
a. Nem a médium nem o seu espírito de mediunidade exerciam qualquer poder sobre a pessoa de Samuel. Só Deus exercia esse poder; pelo que não iria permitir que seu fiel servo viesse a se tornar parte de uma prática que o próprio Deus condenou (Dt 18.9-14).
b. Após informar a Saul que Deus o tinha rejeitado, Samuel nunca mais disse coisa alguma a esse rei.
c. Se fosse Samuel quem aparecera na ocasião, ele não teria mentido, dizendo que Saul perturbara seu descanso, se Deus, e não Saul, lhe tivesse ordenado; nem dizendo que Saul e seus filhos estariam com ele no dia seguinte (vv.15,16).
d. O próprio Saul disse que Deus já não lhe respondia nem pelo ministério dos profetas e nem por sonhos (vv. 6,15), pelo que Deus, no último momento,
• não teria cedido ao desejo de Saul de receber outra revelação;
• não teria entrado em contradição com a sua Palavra, que nega a possibilidade de vivos terem contato com os mortos (Jó 7.9,10; Ec 9.5,6; Lc 16.31);
• não teria criado a impressão de que tentar entrar em contato com os mortos não é tão mau como antes Ele mesmo dissera ser (Dt 18.9-14);
• não teria afirmado que Saul deveria morrer por causa da con­sulta feita à médium (1 Cr 10.13).
e. Saul disse à médium a quem deveria chamar.
De acordo com o estudo dos fenômenos psíquicos, a médium teria lido na mente de Saul qual seria a aparência de Samuel, e a descrevera como Saul costumava vê-lo.
f. A médium temeu porque:
• em seu transe ela reconheceu Saul (v. 12), que era conhecido como inimigo das práticas espiritistas; ou,
• ela viu um espírito adejando por cima da aparição, que com "prodígios de mentira" se fazia passar por Samuel.
g. O próprio Saul não viu Samuel. De acordo com a descrição da médium, ele mesmo supôs que a personagem descrita era Samuel.
h. Quanto à profecia abordada durante a sessão em En-Dor, J.K. Van Baalen, no seu livro O Caos das Seitas, dá as seguintes possibilidades:
• a mulher percebeu o medo de Saul, de que o seu fim era iminente, e isso ela predisse;
• a mulher tomou conhecimento da profecia feita antes por Samuel (1 Sm 15.16,18), que vinha perseguindo Saul (1 Sm 16.2; 20.31, etc), pelo que lhe disse o que ele esperava ouvir;
• se um demônio se fazia passar por Samuel e falou por meio da médium, então a mulher ter-se-ia lembrado da profecia de Samuel, fazendo uso dela.
i. Não era necessário que alguém fosse perito ou estrategista em guerras para prever a derrota de Saul e de Israel diante dos filisteus. Em todos os tempos, o salário do pecado é a morte. No capítulo 15 de 1 Samuel, a questão dessa guerra já havia sido le­vantada bem antes de Saul consultar a médium.
j. A parte final do vaticínio da médium não foi verdadeira no seu cumprimento, pois nem Saul morreu no dia seguinte, nem morreram nesse dia todos os seus filhos.

6.2. Profundezas de Satanás
A melhor maneira de se definir o espiritismo é chamá-lo de "profundezas de Satanás" (Ap 2.24). Assim devemos ter sempre em mente os fatos que mostram que Satanás:
• é o pai da mentira (Jo 8.44);
• sabe imitar a realidade com os seus embustes (Êx 7.22; 8.7);
• se transforma em anjo de luz (2 Co 11.14);
• tem o poder de operar milagres (2 Ts 2.9).
Aqueles que se envolvem com o espiritismo estão sob as ma­lhas da rede de Satanás, correndo o perigo de jamais se libertarem dela.

DE OLIVEIRA, Raimundo. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.