quarta-feira, 1 de julho de 2009

Desmascarando a Maçonaria (Parte 01)

A Maçonaria é um assunto sobre o qual praticamente todas as pessoas gostariam de ler, mas sobre o qual pouquíssimas têm a coragem de escrever e comentar abertamente. Um misto de ver­dade e mitos sobre a Maçonaria tem feito surgir grande inquieta­ção entre os não-maçons. Algo como uma presença temficante permeia a alma do não-maçom que se aventura a estudar e questi­onar a Maçonaria.

Apesar de tudo isso, tomei a decisão de escrever este capítulo sobre a Maçonaria, e o fiz partindo de dois princípios: 1) Se a Maçonaria arroga a si o direito e o poder de impor medo às pesso­as, não merece o respeito dos não-maçons, e 2) se a Maçonaria busca o respeito dos não-maçons, então não tenho por que temê-la. Nada mais lógico, não acha?

Abordarei a Maçonaria estritamente do ponto de vista das Escrituras, e à luz da questão da legitimidade ou não do cristão filiar-se a essa entidade.


I. O QUE É A MAÇONARIA?

A Maçonaria é uma sociedade secreta e ritualística, incluindo em sua filosofia a auto-salvação do homem. É paga quando anali­sada à luz das Escrituras Sagradas. Ainda que não seja uma igreja como conhecemos, constitui-se num movimento religioso e sincretista.


1.1. Resumo Histórico da Maçonaria
Alguns historiadores afirmam provir a Maçonaria dos antigos mistérios pagãos religiosos do velho Egito e da antiga Grécia. Outros admitem que ela tenha se originado por ocasião da cons­trução do templo de Jerusalém, no reinado de Salomão, rei dos israelitas (1082-975 a.C), e apontam como fundador, Hiram Abif, suposta arquiteto do citado templo.

A maioria dos escritores maçons, porém, é de opinião que a Maçonaria deve sua origem e existência a uma confraria de pe­dreiros, criada por Numa, em 715 a.C, que viajava pela Europa e mais tarde construiu basílicas. Com o passar dos tempos, porém, essa sociedade perdeu o seu caráter primitivo e muitas pessoas estranhas à arquitetura nela foram admitidas.


1.2. Símbolos da Maçonaria
Apesar da aceitação de pessoas estranhas à arquitetura na Maçonaria, instrumentos da arte de construir foram conservados como símbolos, dentro da entidade. Entre os instrumentos da simbologia maçônica, destacam-se: o compasso, a régua, o esqua­dro, o nível, o prumo, o escopo, o malhete, a alavanca e tantos outros usados pelos mestres da arquitetura.

O esquadro significa a necessidade de o maçom afastar-se de tudo aquilo cujo nível esteja em desacordo com a Sabedoria, Força e Beleza, palavras de grande significado dentro do vocabulário maçônico. Ele significa, outrossim, que o maçom deve regular a sua conduta e ações, sobretudo como tributo ao supremo Grande Arquiteto do Universo, que os maçons dizem ser Deus.

O nível ensina que todos os maçons são da mesma origem, ramos de um só tronco e participantes da mesma essência.

O prumo é o critério da retidão moral e da verdade, que ensi­na o maçom a marchar, desviando-se da inveja, da perversidade e da injustiça.

Segundo a orientação maçônica, todos os maçons têm o dever de ensinar e praticar essas virtudes, e outras mais, conforme a ori­entação dos mestres da Maçonaria.


1.3. A Trilogia Maçônica
Sabedoria, Força e Beleza são três palavras de efeito cabalístico no vocabulário maçônico. Formam como que uma tríplice virtu­de. Segundo esta trilogia, o maçom precisa levar em consideração a Sabedoria, para conduzi-lo em seus projetos; a Força, para sustentá-lo em suas dificuldades; e a Beleza, para revelar a delica­deza dos sentimentos nobres e fraternais do verdadeiro maçom.


1.4. Objetivos da Maçonaria
A Maçonaria alega ter como objetivo a busca da Verdade, o estudo da Moral e da Solidariedade Fraternal. Diz trabalhar para o aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, a fim de que os seus componentes sejam mais felizes ou menos sofredo­res, graças a uma maior compreensão mútua, pela prática constan­te da Fraternidade.

Tem por princípio a tolerância e o respeito recíprocos, sem impor dogmas ou exigir subserviência espiritual, concedendo aos seus adeptos amplo direito de pensar e discutir livremente. Con­sidera as concepções metafísicas como sendo de domínio exclu­sivo da apreciação individual dos seus membros, não admitindo afirmações dogmáticas que não possam ser debatidas racional­mente.

Tem por divisa "Liberdade", "Igualdade" e "Fraternidade", e por lema "Justiça" — "Verdade" e "Trabalho". Os seus compo­nentes devem esforçar-se para se aprimorarem espiritualmente, devotando-se à prática do bem, sem ostentação; não por vaidade, e sim como imperioso dever de solidariedade humana. Auxiliar o próximo não é um favor e sim o cumprimento de um dever. O maçom trai o seu juramento quando perde uma oportunidade de praticar o bem. O que para muitos "profanos" é um ato meritório, para o maçom é um dever imperioso, sagrado.

A Maçonaria considera seu principal dever estender a toda a humanidade os laços fraternais que unem os maçons dos diversos ritos dispersos pela superfície do Globo. Recomenda aos seus adep­tos a propaganda pela palavra oral, pela escrita e pelo exemplo de seus ensinamentos, sem distinção de raça, nacionalidade ou reli­gião. O essencial é que o homem creia; que acredite em um Ser Supremo. Se o indivíduo é ateu, é um descrente; cumpre ao maçom mostrar-lhe o caminho da crença, fazer-lhe ver que não podemos viver sem ter confiança, sem acreditar em um Ser Supremo, Deus, um Deus bondoso, perfeito, justiceiro, que sabe perdoar.

Os maçons têm por dever, em todas as circunstâncias da vida, ajudar, esclarecer e proteger os seus irmãos, defendendo-os contra as injustiças dos homens. Embora haja vários ritos na Maçonaria, um maçom deve tratar fraternalmente outro maçom como irmãos que são, sem procurar inteirar-se do seu rito, ou da obediência a que pertence. Considera o trabalho como um dos deveres essenci­ais do homem honrado, tanto o manual como o intelectual.

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