segunda-feira, 9 de março de 2009

Desmascarando o Catolicismo Romano (Parte 04)

IV. O ALEGADO PRIMADO DE PEDRO


Da interpretação doutrinária que a Igreja Católica Romana faz de Mateus 16.16-19, deriva outro grande erro: o ensino de que Jesus fez de Pedro o "Príncipe dos Apóstolos", pelo que veio a se tornar o primeiro bispo de Roma, do qual os papas, no decorrer dos séculos, são legítimos sucessores.

Esteve Pedro em Roma alguma vez? Há uma opinião sobre uma remota possibilidade de que Pedro tenha estado em Roma. Oscar Cullman, teólogo alemão, escreve: "A primeira carta de Pedro... alude em sua saudação final (5.13) à estada de Pedro em Roma, ao falar de 'Babilônia' como lugar da comunidade que en­via saudações, pois que a opinião mais provável é que 'Babilônia' designa Roma".


Também Lietzmann, em sua obra Petrus and Paulus in Rome (Pedro e Paulo em Roma), assim se expressa sobre o assunto:


"Mais importante, porém, é a debatida afirmação de que Pedro, no decurso de sua atividade missionária, tenha chegado a Roma e aí morrido como mártir. Visto que esta questão está inti­mamente relacionada com a pretensão romana ao primado, freqüentemente a polêmica confessional influi na discussão. A resposta a ela só pode ser fruto de pesquisa histórica desinteres­sada. Como, porém, ao lado das fontes neotestamentárias, vêm, em consideração, principalmente testemunhos extra e pós-canônicos da literatura cristã antiga, e, além disto, documentos litúrgicos posteriores, e ainda escavações recentes, esta questão não pode ser aqui discutida em todos os seus pormenores. Que­remos apenas lembrar que, até a segunda metade do século II, nenhum documento afirmava expressamente a estada e martírio de Pedro em Roma".


4.1. Pedro, um Papa Diferente


Tenha ou não estado em Roma, o fato é que, se Pedro foi papa, foi um papa diferente dos demais que apareceram até agora. Se não, vejamos:
a. Pedro era financeiramente pobre (At 3.6).
b. Pedro era casado (Mt 8.14,15).
c. Pedro foi um homem humilde, pelo que não aceitou ser adorado pelo centurião Cornélio (At 10.25,26).
d. Pedro foi um homem repreensível (Gl 2.11-14).


É de estranhar que Tiago — e não Pedro, o "Príncipe dos Apóstolos", como ensina a teologia vaticana, fosse o pastor da comunidade cristã em Jerusalém (At 15). Se Pedro tivesse sido papa, cer­tamente não teria aceito a orientação dos líderes da Igreja quanto à obra missionária (At 15.7). Se Pedro tivesse sido papa, a ordem das "colunas", conforme Paulo escreve em Gálatas 2.9, seria: "Cefas, Tiago e João", e não "Tiago, Cefas e João".


4.2. O Papa, um Pedro Diferente


A própria história do papado é uma viva demonstração de que os papas jamais conseguiram provar serem sucessores do apóstolo Pedro, já que em nada se assemelham àquele inflamado, mas hu­milde, servo do Senhor Jesus Cristo.

Vejamos, por exemplo:
a. Os papas são administradores de grandes fortunas da igreja. O clérigo José Maria Alegria, da Universidade Gregoriana de Roma, declarou no final do ano de 1972, que o balanço financeiro do Vaticano dispunha de um ativo de um bilhão de dólares.
b. Os papas são celibatários, isto é, não se casam, não obstante ensinarem que o casamento é um sacramento.
c. Os papas frequentemente aceitam a adoração dos homens.
d. Os papas consideram-se infalíveis nas suas decisões e decretos.


DE OLIVEIRA, Raimundo. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

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