segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Desmascarando as Testemunhas de Jeová (Parte 05)

V. SÍNTESE DOUTRINÁRIA DAS "TESTEMUNHAS"
A doutrina das testemunhas-de-jeová forma uma grande miscelânea mais bem identificada pela desordem e pela negação que lhe são peculiares. Atente para os seguintes aspectos desta doutrina:

5.1. A Alma do Homem
"Os cientistas e cirurgiões não foram capazes de encontrar no homem nenhuma prova determinante de imortalidade. Não po­dem encontrar nenhuma evidência indicativa de que o homem possui uma alma imortal... Assim, vemos que a pretensão de que o homem possui uma alma imortal, e que, portanto, difere das bes­tas, não é bíblica" (Seja Deus Verdadeiro, pp. 56,59).

5.2. O Inferno
"A doutrina de um inferno ardente onde os iníquos, depois da morte, são torturados para sempre, não pode ser verdadeira, prin­cipalmente por quatro razões: 1) está inteiramente fora das Escri­turas; 2) é irracional; 3) é contrária ao amor de Deus; 4) é repug­nante à justiça" (Seja Deus Verdadeiro, p. 79).

5.3. A Igreja
"Em Apocalipse 14.1,3, a Bíblia é terminante ao predizer que o total final da igreja celeste será de 144.000, segundo o decreto de Deus" (Seja Deus Verdadeiro, p. 112). Daí surgiu o falso ensi­no de que só 144.000 salvos irão para o céu.

5.4. Refutação Desse Ensino:
A doutrina das "testemunhas" quanto à alma humana apóia-se em teorias de homens sem Deus. O inequívoco testemunho das Escrituras é que o homem não só foi feito alma vivente, mas tam­bém possui uma alma imortal, o que o faz diferente das demais criaturas da Terra.
É evidente que "alma" na Bíblia nem sempre significa a mes­ma coisa, e que a variação do seu significado depende muito das circunstâncias em que a palavra é usada, como por exemplo mos­tram os seguintes casos:
a. A alma como o próprio sangue (Lv 17.14).
b. A alma como a pessoa em si mesma (Gn 46.22). c A alma como a própria vida (Lv 22.3).
d. A alma como o espírito e o coração (Dt 2.30).
e. A alma como elemento distinto do espírito e do corpo (Hb 4.12; 1Ts 5.23; Jó 12.10; 27.3; 1 Pe 2.11; Mt 10.28).

5.5. Sheol, Hades, Geena e Tártaro
A palavra "inferno" na Bíblia tem significados que variam de acordo com o texto em que é citado. Há quatro palavras na Bíblia na Edição Revista e Atualizada, que são traduzidas por "inferno":
Sheol - o mundo dos mortos (Dt 32.22; SI 9.17; etc).
Hades - é a forma grega para o hebraico Sheol, e significa o lugar das almas que partiram deste mundo (Mt 11.23; Lc 10.15; Ap 6.8).
Geena - termo usado para designar um lugar de suplício eterno (Mt 5.22,29,30; Lc 12.5).
Tártaro - o mais profundo do abismo no Hades; significa encerrar no suplício eterno (2 Pe 2.4; Dn 12.2).

Nenhuma destas palavras significa "sepultura". A palavra hebraica para "sepultar" é queber (Gn 50.5), e a grega é mnemeion. E verdade que a palavra hebraica sheol algumas vezes está traduzida como "sepultura" em algumas de nossas Bíblias em português, mas isso se dá por força de uma tradução equivocada.
Quanto às quatro alegações das "testemunhas", de que a dou­trina referente ao inferno não pode ser verdadeira, respondemos: 1) E um assunto largamente tratado ao longo da Bíblia Sagrada. 2) Ainda que irracional à mente embotada das "testemunhas", não o é à mente do crente que crê na veracidade das Escrituras. 3) É compatível com o amor de Deus, que hoje apela aos homens. 4) É compatível com a justiça divina, que tem reservado o céu para os salvos e o inferno para os pecadores impenitentes.

5.6. Só 144.000?
O ensino jeovista de que só 144.000 salvos formarão a igreja triunfante é contrário às seguintes passagens das Escrituras:
"Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguarda­mos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" (Fp 3.20).
"Depois destas cousas vi, e eis grande multidão que nin­guém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, di­zendo: Ao nosso Deus que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação" (Ap 7.9,10).

DE OLIVEIRA, Raimundo. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

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